O carro do millenium
Fascinados por velocidade e ferrenhos defensores do meio ambiente, os suecos encontraram um meio de juntar as duas paixões em um só veículo: o Koenigsegg CCXR, superesportivo movido a álcool que chega a inacreditáveis 410 km/h
Nem Itália, tampouco Inglaterra, Estados Unidos ou Alemanha. O carro mais veloz à venda no Brasil vem da Suécia, país mais conhecido por sua elevadíssima concentração de louras, pelos bem-sucedidos romances policiais de Stieg Larsson ou, mais recentemente, pelas escapadelas do travesso rei Carlos 16.
Com um supermotor V8 turbinado, 1 018 cavalos e nome quase impronunciável, o Koenigsegg CCXR é capaz de atingir impressionantes 410 quilômetros por hora de velocidade máxima com um detalhe: álcool no tanque. Isso mesmo. Flex, o CCXR é o p rimeiro superesportivo do planeta a rodar com etanol ou gasolina em qualquer proporção. Com álcool apenas no tanque, ele é capaz de fazer 5 quilômetros por litro emitindo 135 gramas de gás carbônico por quilômetro, o mesmo que um carro pequeno emite. “Há anos esse combustível mais ecológico é usado na Suécia”, diz o sueco Christian von Koenigsegg, pai da ideia de construir o primeiro superesportivo flex da história. “Além de emitir menos gás carbônico pelos escapamentos, ser movido a etanol traz uma outra vantagem: mais potência na hora de acelerar. Como a octanagem do etanol é mais alta que a da gasolina, o motor funciona com compressão e queima de combustível mais eficientes”, explica. Para que o CCXR chegasse a rodar somente com álcool no tanque, no entanto, foram necessárias algumas pequenas modificações e ajustes. “Pedimos à Koenigsegg que fizesse um carro para rodar até com 100% do tanque com etanol, e eles nos entregaram.
O mapeamento do motor foi modificado, e o bico injetor e as mangueiras foram trocados”, conta Natalino Bertin Jr., proprietário da Platinuss, empresa de São Paulo responsável pela comercialização do veículo no Brasil. O resultado não decepcionou. A cavalaria escondida sob o capô é responsável por levar o CCXR de 0 a 100 quilômetros por hora em apenas 2,9 segundos – o suficiente para deixar no chinelo uma Ferrari 612 Scaglietti, atualmente a mais poderosa das máquinas de Maranello (e que vai de 0 a 100 em 4,2 segundos). Nem dá muito tempo de respirar.
Em 8,9 segundos, o ponteiro do velocímetro do sueco esbarra nos 200 quilômetros por hora, quase 2 segundos mais rápido que uma Lamborghini Gallardo, que leva 10,8 segundos. E, 27 segundos depois, com o pé direito fundo no acelerador, o controle de tração em pleno funcionamento e o motor urrando, ele supera a barreira dos 300 quilômetros por hora e chega aos 410 quilômetros por hora de máxima, marca superior à dos carros da Fórmula 1 – em uma pista ultraveloz como Monza, o recorde de velocidade da F1 é de 361,8 quilômetros por hora. Páreo para ele, só a Bugatti Veyron ou o Shelby Super Car Ultimate Aero. Nenhum deles à venda no Brasil por enquanto. Esse desempenho surpreendente é acompanhado de um torque brutal capaz de colar o corpo do piloto ao banco a cada acelerada. Após os 6 100 giros por minuto, ele chega a impressionantes 108 kgfm. Só para comparar, uma Porsche GT2, a mais possante da estirpe, atinge os 69,3 kgmf, enquanto um arisco Audi S3, os 44,8 kgmf. E, se precisar brecar, os freios de cerâmica, largos como discos de pizza (32 centímetros para os traseiros e 34 para os dianteiros), dão conta do recado. Amortecedores da marca sueca Ohlins, especiais para carros de corrida, e uma bem calibrada suspensão ativa garantem um amortecimento seguro e um carro bastante reativo na hora de encarar curvas mais fechadas. Por meio de botões no console, dá para ajustar o funcionamento do amortecimento, dos freios e da aerodinâmica à la carte e de acordo com o estilo de dirigir de quem está conduzindo.
O cérebro por trás do Koenigsegg CCXR é o engenheiro sueco Christian von Koenigsegg, de 39 anos, que se diz descendente de nobres – o logotipo da marca seria uma reestilização do brasão de armas da família. Desde criança Christian é fascinado por carros velozes. O primeiro que construiu foi o Competition Coupé 8S, em 1994, que atingia 390 quilômetros por hora. Em 1998, ele comprou da Força Aérea sueca uma antiga linha de montagem de caças em Angelholm, no sul do país, e transformou-a em centro de produção com 45 engenheiros e técnicos. Ali, assim como ocorre com os modelos de competição, os carros são esculpidos em materiais como fibra de carbono, cromo-molibdênio, alumínio e epóxi e montados a mão. São duas dezenas de exemplares por ano – seis CCRX. Tanta exclusividade tem seu preço. No caso, 6,5 milhões de reais, o equivalente a nove Porsche 911 Turbo, quatro Ferrari 458 Itália ou ainda 246 carros populares.
Koenigsegg CCXR
MOTOR: Central, oito cilindros em V com turbocompressor
CILINDRADA: 4 800 cm3
POTÊNCIA: 1 018 cavalos
TORQUE: 108 kgmf
CÂMBIO: seis velocidades, sequencial
VELOCIDADE MÁXIMA: 410 km/h
DE 0 A 100 KM/H: Em 2,9 s
DIMENSÕES: 4,29 m de comprimento, 1,99 m de largura, 1,11 m de altura e 2,66 m de espaço entre-eixos
PORTA-MALAS: 120
PESO: 1 280 kg ]
PREÇO: 6,5 milhões de reais
caraka muito loko esse carro, e corre pra caramba kkk.
ResponderExcluir(slayer brasil)
Parece quase um transformer.. hehehehe
ResponderExcluirshow!
isso sim que é carro hein
ResponderExcluiro resto é apenas meio de transporte rsrsrs
legal cara =P
ResponderExcluirSinceramente não percebo nada de carros, por isso vou comentar o que vejo...rs
ResponderExcluirÉ LINDO DEMAIS! Rs
Beijinhos
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www.jehjeh.com
Como eu faço pra te seguir? Procurei em tudo e não encontrei. :(
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